MetSul -
A pluma de dióxido de enxofre
(S02) da erupção de La Palma se aproxima do Norte da América do Sul. Imagem
divulgada na manhã desta quinta-feira (28), pela Adam Plataform, a
partir da análise de satélites europeus do Sistema Copernicus de monitoramento
ambiental mostra que a nuvem do gás liberado pelo vulcão estava no Atlântico
Norte na altura do Caribe e cada vez mais perto de áreas mais ao Norte da
América do Sul.
De acordo com a meteorologista da
MetSul Estael Sias, se a pluma de SO2 alcançar países como Venezuela, Suriname,
Guiana Francesa ou mesmo o estado brasileiro do Amapá, a população nada
perceberá e não há qualquer risco para a população destas regiões.
“O dióxido de enxofre está sendo
transportado em grande altitude por correntes de vento na atmosfera, a sua
concentração sobre o Caribe é baixíssima e não há qualquer risco para que as
pessoas se preocupem com estas emissões que passarão totalmente despercebidas
do público nas áreas em que chegar. É meramente uma curiosidade de como estas
emissões podem ser transportadas pelo vento a distâncias muito grandes”,
enfatiza Estael.
A especialista da MetSul recorda
que desde o começo da erupção em 19 de setembro, plumas de dióxido de enxofre
do vulcão de La Palma já chegaram a países como Marrocos, Espanha, Portugal,
Itália, Grécia, Turquia, França e até mesmo à Alemanha e à região da
Escandinávia. Em todos os locais, a presença do gás na atmosfera passou
despercebida e foi identificada só a partir da análise das imagens de satélite.
Como está a erupção do vulcão de
La Palma
O vulcão Cumbre Vieja apresenta
atividade incessante de emissão de gases, lava, piroclastos e cinzas desde o
dia 19 de setembro, quando teve início a erupção. Trata-se da erupção mais
longa desde o século 16, conforme os geólogos da Espanha. O vulcão de La Palma
hoje tem três bocas principais emitindo magma que avança por comunidades
próximas da ilha, como mostram imagens ao vivo geradas na internet pela
televisão local.
O Instituto Geológico Nacional
(IGN) informou que o solo ao redor do vulcão segue apresentando deformações,
possivelmente relacionadas com a sismicidade profunda, o que vem trazendo
vários terremotos de magnitude acima de 4 na parte Sul da ilha de La Palma,
alguns percebidos pela população local. Com a elevação do terreno em 10
centímetros durante as últimas 24 horas, os técnicos cogitam que pode haver um
aumento do canal de lava ou mesmo a abertura de novas bocas que emitam
magma.
Um novo terremoto de magnitude
4,8 foi registrado no começo do dia de hoje em Villa de Mazo, o segundo com
apenas sete horas de diferença de mesma magnitude e na mesma área, segundo
dados do Instituto Geográfico Nacional (IGN).
Terremotos em profundidades
superiores a 20 quilômetros foram menos frequentes ontem, porém,a magnitude
ainda é elevada. O magma expelido pelo vulcão continua a fluir sobre os fluxos
de lava já existentes, o que levou a um aumento da altura das paredes de lava.
O magma já cobre uma área de 879,6 hectares e mais de duas mil construções
foram total ou parcialmente destruídas até o momento.
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