Agência Brasil -

Na escola Lysia Pimentel Gomes
Sampaio Sales, em Sobral (CE), nas últimas semanas de aula até o exame, os
estudantes participarão de vários debates e de atividades que além de trabalhar
a revisão dos conteúdos, contribuem para deixá-los mais seguros. “Eles precisam
relaxar para usar o conhecimento que adquiriram o ano inteiro. Temos palestras,
integração das turmas, debates, para sair um pouco da rotina”, diz a professora
de redação Diana Kelly Alves Oliveira. De acordo com ela, é importante
trabalhar também a parte socioemocional dos alunos.
A unidade está entre as escolas
públicas que, segundo o estudo “Excelência com Equidade no Ensino Médio: a
dificuldade das redes de ensino para dar um suporte efetivo às escolas”, se
destacaram por melhores desempenhos em avaliações como o Enem. Lá, os
estudantes obtiveram média de 582,43 pontos na provas objetivas e 716,84 na
redação, sendo que nota máxima nessa prova é mil.
Ao longo do ano, a escola
realizou uma série de simulados. Desde agosto, foram cinco simulados e ainda
haverá mais dois até novembro. Neles, a escola percebeu que os alunos ficavam
muito nervosos, sobretudo na hora de fazer a prova de redação. “Alguns
estudantes travavam na hora de iniciar a redação, demoraram mais de 20 minutos
só para começar, pela ansiedade. Começamos então a trabalhar isso”, diz Diana.
No Colégio e Curso Progressão, no
Rio de Janeiro, a ansiedade também é trabalhada na reta final. “O importante é
manter a calma e a tranquilidade. Falo sempre para os estudantes se
mentalizarem aprovados. Não verem o Enem como um monstro, mas como uma chave
que vai mudar o futuro. Faça a prova acreditando no que estudou”, diz o
diretor-geral do colégio, Leonardo Chucrute.
A tática ajuda a estudante do 3º
ano da escola, da unidade de Cabo Frio (RJ), Maria Eduarda Oliveira. “Eu,
particularmente, tento pensar como seria no próximo ano, como se
estivesse lá dentro da universidade e alcançado meu sonho”, diz. A estudante
pretende concorrer a uma vaga de medicina. “O curso que quero fazer é bem
concorrido, bem complicado, mas estou tentando ficar mais tranquila porque me
desesperar não vai ajudar em nada”, acrescenta.
Conversar é importante
“Pode parecer estranho, mas a
minha recomendação é que o jovem seja ele mesmo, que converse com as pessoas,
que converse sobre as emoções, sobre angústias”, diz a psicóloga organizacional
e clínica Livia Marques, que atende jovens que estão se preparando para o
vestibular.
Segundo Livia, é importante
conversar com pessoas que acolham e que transmitam afeto e proteção. Segundo
ela, a ansiedade está entre as principais questões que são trazidas pelos
jovens que atende. Além disso, eles dizem que não conseguem atender às
expectativas, que se sentem pressionados e tristes o tempo inteiro.
Para ela, as conversas são
importantes para que essas emoções “sejam mais vistas, mais acolhidas e mais
validadas”. É preciso também estar atento e buscar ajuda profissional caso o
jovem esteja em um nível de ansiedade muito alto, que afeta a produtividade e
compromete o dia a dia. “O psicólogo vai ajudar a contornar e manejar as crises
de ansiedade.”
A psicóloga recomenda ainda que
os estudantes planejem os estudos e que reservem tempo para se divertir. Além
disso, devem cuidar da alimentação, fazer exercícios físicos e dormir bem. Uma
dica para dormir melhor é não usar o celular ou assistir vídeos antes de
dormir.
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