Folha -

Em seguida, Maia disse, no
entanto, acreditar que uma relação “mais harmônica entre os Poderes” está sendo
construída. “Acho que isso vai caminhar para o leito normal do rio e a gente
vai construir daqui para frente uma relação mais harmônica entre os Poderes.
Apesar de o governo ter acelerado a liberação de emendas orçamentárias e oferecido um lote extra aos parlamentares, partidos ampliaram nesta terça-feira (9) a lista de exigências, atrasando o início da votação da reforma da Previdência no plenário da Câmara.
As siglas pressionam por um
volume maior de empenho de emendas e também manifestam desconfiança
de que o governo, passada a votação, vá descumprir a sua palavra. É normal, por
exemplo, empenhos ficarem anos na gaveta e serem cancelados sem execução.
Com isso, a análise do texto, que
é a prioridade legislativa de JairBolsonaro, corre o risco de não
acontecer nesta terça—parte das siglas do centrão, inclusive, defendem que ela
não ocorra nesta semana.
Apesar de na campanha ter adotado
o discurso de que colocaria fim ao toma lá dá cá na relação com o Congresso, o
governo ofereceu a cada parlamentar fiel um lote extra de R$ 20 milhões de
emendas (em um total de mais de R$ 3 bilhões), que é o direcionamento de verbas
do Orçamento para o reduto eleitoral dos parlamentares.
Além disso, acelerou o empenho
—que é o registro oficial de que pretende executar aquele gasto— das emendas
ordinárias, conforme mostrou a coluna Painel nesta terça: liberou quase R$
1 bilhão na véspera da votação. Tudo isso não foi suficiente para obter até o
momento o apoio mínimo de 60% dos deputados (308 dos 513 votos).
Nesta terça, líderes do centrão se reuniram com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em sua casa, local em que as principais negociações estavam sendo feitas. Há um racha nesse grupo: parte defende início imediato da votação e parte quer adiar.
Partidos pressionam por um volume
maior de empenho de emendas e também manifestam desconfiança de que o governo,
passada a votação, vá descumprir a sua palavra. É normal, por exemplo, empenhos
ficarem anos na gaveta e serem cancelados sem execução.
Maia, que se tornou o principal
fiador da reforma, tenta contornar as insatisfações. Entre outros pontos,
discute com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), compromisso de
ele segurar a votação da reforma no Senado até que o governo cumpra a promessa
de liberar, de fato, o dinheiro das emendas ordinárias e extras.
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