Folha -
Em sessão da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, nesta quarta-feira (19), o ministro Sergio Moro (Justiça) negou ter participado de conluio com Ministério Público Federal na Operação Lava Jato.
Moro foi à Casa prestar esclarecimentos sobre o vazamento de mensagens que indicam troca de colaborações do ex-juiz com o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa.
Aos senadores o ministro afirmou ser alvo de um ataque hacker que mira as instituições e que tem como objetivo anular condenações por corrupção.
Até aqui, ele tem insistido no discurso de tachar a invasão de celulares como um movimento contra a Lava Jato e em desqualificar o site The Intercept Brasil, que divulgou os diálogos. "O que posso assegurar é que, na condução dos trabalhos de juiz no âmbito da Operação Lava Jato, sempre agi conforme a lei", disse.
O ministro também informou que entregou seu celular para análise da Polícia Federal, negou que tenha atuado politicamente na Lava Jato e afirmou ser comum que o juiz converse com as partes do processo. "É normal no Brasil esses contatos entre juiz, advogado e Ministério Público ou policiais. O que tem que ser avaliado é o conteúdo destes contatos", afirmou ao responder o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).
Disse ainda que não guarda o arquivo das conversas e que não lembra do que escreveu há três anos, o que o impediria de atestar a sua veracidade. O senador Otto Alencar (PSD-BA) fez uma provocação: "Não exijam muito da memória do ministro. Ele tem péssima memória."
Moro também afirmou que deixou de usar o Telegram, de onde as mensagens foram extraídas, em 2017, quando houve notícias de ataques hackers nas eleições dos Estados Unidos e ele começou a desconfiar da segurança do aplicativo, que tem origem russa.
Segundo o Intercept, as conversas, enviadas à reportagem por fonte anônima, aconteceram entre 2015 e 2018.
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