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Até o momento, foram registrados
5.168 casos prováveis de dengue. Em relação ao mesmo período de 2018, em que
foram registrados 4.604 casos prováveis, observa-se um aumento de 12,25%.
Quanto à chikungunya, foram notificados 453 casos prováveis, o que corresponde
a um aumento de 12,97% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram
registrados 401 casos prováveis. Para a doença aguda pelo vírus zika, até o
momento, foram notificados 126 casos, caracterizando uma redução de 2,32% em
relação ao mesmo período de 2018, que notificou 129 casos prováveis.
“Observamos a necessidade de
qualificação assistencial principalmente para aqueles casos suspeitos de
arboviroses em crianças e adolescentes. Reforçamos também a necessidade de
implementação dos planos municipais de contingência para arboviroses,
principalmente no trabalho de campo e mobilização da rede local”, informou a
gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Talita Tavares.
Entre os municípios da Paraíba
com incidência das três arboviroses (consolidadas acima de 300 por 100 mil
habitantes) temos: Teixeira, Maturéia, Areia, Lucena, São Sebastião do
Umbuzeiro, Princesa Isabel, Alagoa Nova, Esperança, Cacimba de Dentro, Conde,
Sertãozinho, Baraúna, Caaporã, Araruna, Casserengue, Lagoa de Dentro, Taperoá,
São José de Princesa e Juripiranga. Dessa forma, a SES orienta a intensificação
das ações de campo de combate ao Aedes e o reforço das buscas ativas de casos
suspeitos para detecção precoce dos casos, evitando-se o agravamento.
Óbitos – Até a 19ª Semana
Epidemiológica foram registrados 24 óbitos por arboviroses, dois confirmados
para dengue (Araruna e João Pessoa) e um confirmado para Zika (João Pessoa).
Oito óbitos já foram descartados (Alagoa Nova (1), Areia (1), Campina Grande
(2), Sousa (1), Serra Redonda (1), Soledade (1), e Umbuzeiro (1)) após exames e
investigação do município.
Seguindo, ainda, com 13 óbitos em
investigação (Bayeux (1), Cacimba de Areia (1), João Pessoa (4), Campina Grande
(2), Conde (1), Fagundes (1), Junco do Seridó (1), Santa Rita (1) e Solânea
(1)). Dos óbitos que estão em investigação, quatro foram notificados pelo
Serviço de Verificação de óbito (SVO), o que remete a exames mais específicos
junto aos laboratórios de referência que, em média, demoram 30 dias. “É
oportuno lembrar da necessidade da solicitação de exames durante a suspeita
clínica para os agravos, evitando que tal situação só possa ser evidenciada
após o óbito do usuário. Exames realizados de forma oportuna auxiliam na
conduta clínica e evitam situações como a evidência de um agravo só a partir de
uma notificação do SVO”, disse Talita.
Dentre os casos sinalizados como
óbitos suspeitos de arboviroses, chama a atenção o fato de 58,3% terem idade
abaixo de 15 anos. Somando-se a este fato os dois casos confirmados (um de
dengue e um de zika) são crianças de cinco anos abaixo. Um fato relevante que
deve chamar atenção da Sociedade de Pediatria, como da população em geral.
“Ao analisarmos as investigações
observamos que as crianças ao entrarem em um serviço assistencial com sinais de
alerta, muitas vezes são encaminhadas para casa sem observação adequada.
Arboviroses são viroses e possuem protocolos específicos que devem ser seguidos,
assim, o Protocolo de Manejo Clínico e Estratificação de Risco deve ser
utilizado para todos os casos suspeitos”, explicou Talita Tavares.
Os óbitos suspeitos são de
notificação imediata, no período de 24 horas, conforme Portaria Consolidada Nº
04, de 28 de setembro de 2017. Toda suspeita deve ser investigada no âmbito
domiciliar, ambulatorial e hospitalar utilizando o Protocolo de Investigação de
Óbito por Arbovírus Urbano no Brasil emitido pelo Ministério da Saúde.
Ações – O carro fumacê segue
cronograma de execução de acordo com os índices de infestação e/ou ocorrência
de óbitos. Porém, antes do trabalho de carro fumacê diminuindo a densidade dos
mosquitos naquele território, a SES informa que se tem como principal trabalho
o de campo (o dia a dia dos Agentes de Combate às Endemias) e o cuidado de cada
usuário com seu domicílio.
A SES, por meio da GEVS, segue
qualificando a rede assistencial, organizando o fluxo de amostras junto ao
Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen), qualificando os dados
epidemiológicos para melhor nortear o trabalho de cada gestor municipal, dando
suporte às ações de campo com o Ultra Baixo Volume (UBV) pesado,
disponibilizando material e equipe de entomologia para as ações e mobilizações,
trabalhando junto aos municípios com equipe técnica de vigilância ambiental de
cada Gerência Regional de Saúde.
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