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De acordo com o texto, para
usufruir a isenção, o candidato tem que apresentar a Carteira de Trabalho e
assinar, à vista do receptor da inscrição, declaração de desemprego e não
ocupação de cargo público, sob as penas da lei. A contratação para os cargos
vagos existentes, constantes do edital de convocação, deve se realizar dentro
dos 360 dias da homologação do resultado final do concurso.
O projeto prevê vedação à
proposição de questões sobre matéria que, conforme diretrizes do Ministério de
Educação, não é ministrada, em curso de grau de escolaridade, exigido pelo
edital do concurso.
Na justificativa do projeto, o
parlamentar cita que o desemprego no Brasil é alarmante. De acordo com ele,
dados recentes de pesquisas, não incluem a massa imensa de trabalhadores que,
embora não estejam desempregados, ocupam subempregos.
“Essas pesquisas não incluem
aqueles que se utilizam de ‘bicos’ para conseguir uma renda precária, que
geralmente fica aquém do salário mínimo, que sabemos, é insuficiente para o
sustento de uma família. Se, nas pesquisas de desemprego forem incluídos os sub
empregados, as taxas apresentadas, que já são altas, certamente dobrariam”,
relatou.
Ainda de acordo com o deputado,
considerados as pessoas que fazem trabalhos autônomos, que também procuram a
válvula do concurso público para subsistir, verificaram que a taxa real de
desemprego no brasil é de 12,1%, atingindo 12,7 milhões de brasileiros, segundo
dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Este é o motivo pelo qual, a cada concurso aberto, formam-se filas
quilométricas de desempregados”, escreveu.
Ele ressaltou ainda na
propositura que a fila também é para pagar a inscrição, sem qualquer garantia
de obtenção do emprego. “O desemprego atinge em cheio os jovens de 15 a 24 anos
que querem entrar no mercado de trabalho, sem ter sequer recurso para pagar a
taxa de inscrição. Sem auxílio do governo federal para entrarem no primeiro
emprego, na dura realidade do desespero do desemprego, a realização de
concursos virou uma verdadeira indústria muito rentosa”, diz o deputado.
Ainda de acordo com Charles,
apesar das rendas fabulosas que esses promotores de concursos auferem, cobrando
taxas que variam de R$ 50,00 a R$ 150,00, nem sempre apresentam um serviço de
qualidade. “A prova desse lucro ilegítimo, dessa desconsideração para com a
população, é a quantidade de concursos que têm sido anulados com evidentes
prejuízos para os concorrentes, que além de estarem necessitados, são obrigados
a arcar com despesas e desgastes emocionais”, concluiu.
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