
As buscas por vítimas do rompimento da barragem da Vale, em
Brumadinho (MG), foram retomadas por volta das 7h30 desta sexta-feira (1º). No
dia em que o rompimento da barragem completa uma semana, os trabalhos vão
entrar em uma nova fase.
Até agora, os corpos resgatados estavam em regiões
superficiais. Agora, o trabalho das equipes de resgate dependerá de escavação.
O trabalho precisará da estabilização do solo, o que deve tornar mais lenta a
operação.
Até o fim da tarde de quinta-feira (31), 110 mortes foram
confirmadas e 238 pessoas continuavam desaparecidas, segundo a Defesa Civil.
Dos corpos resgatados até agora, 71 foram identificados. Até agora, 394 pessoas
foram localizadas. O número de desalojados ou desabrigados é 108.
Na noite da quinta-feira, parentes e familiares de vítimas
lotaram uma igreja na missa de sétimo dia dos mortos. A praça e a rua que ficam
em frente à Igreja Matriz de São Sebastião foram tomadas de pessoas que não
conseguiram entrar.
O letreiro com o nome da cidade de Brumadinho foi coberto
por sacos pretos em sinal de luto. Eles foram colocados às 23h da quinta-feira
(31) por um grupo. Neles, também há cruzes brancas. Neste mesmo local, na
terça-feira, amigos e parentes fizeram uma vigília. Desde então, o espaço se
tornou lugar de homenagens e protesto. As bandeiras que foram postas no
letreiro encobrem o escrito "Vale assassina".
"Nós próximos dias, com certeza o número de corpos
[encontrados] aumentará. Entretanto, a velocidade de avanço diminui, porque o
trabalho é mais minucioso", afirmou o porta-voz dos bombeiros, Pedro
Aihara.
A barragem de rejeitos, que ficava na mina do Córrego do
Feijão, em Brumadinho, se rompeu na sexta-feira (25). O mar de lama varreu a
comunidade local e parte do centro administrativo e do refeitório da Vale.
Entre as vítimas, estão pessoas que moravam no entorno e funcionários da
mineradora. A vegetação e rios foram atingidos.
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