G1 -

O número de ataques criminosos chegou a 84, desde o início
da onda de violência até este sábado. Bandidos queimaram veículos do transporte
público; carros de particulares e concessionárias; e atacaram diversos prédios
públicos, como bancos, delegacias e prefeituras. Uma bomba
foi explodida na coluna de um viaduto na BR-020, em Caucaia, mas o
equipamento passou por obras e não corre o risco de desabar. Segundo a
Secretaria da Segurança do Ceará, 50 suspeitos foram detidos desde
quarta-feira, entre adultos e adolescentes. Um
casal de idosos e um motorista ficaram feridos até o momento.
A equipe da Força
Nacional chegou a Fortaleza na noite de sexta-feira, mas só deve atuar nas
ruas a partir deste sábado para apoiar as forças de segurança estaduais no
combate aos ataques. Por volta das 20h30, a primeira aeronave, Hércules, chegou
trazendo aproximadamente 50 homens. Cerca de 200 agentes, vindos de avião,
também já desembarcaram na capital cearense durante a madrugada. Outros 98
agentes da Força Nacional vieram dos estados de Sergipe e Rio Grande do Norte.
O Secretário da Segurança, delegado André Costa, afirmou que
foram enviadas equipes da Polícia Civil para o interior da Casa de Privação
Provisória de Liberdade 3 (CPPL 3), em Itaitinga, onde mais de 250 detentos
devem ser autuados por envolvimento em distúrbios na unidade prisional. Até o
fim da tarde de sexta-feira, 72 internos foram autuados por desobediência,
resistência e motim. A polícia não confirmou se a ordem para os atentados no
estado ocorreu de dentro do presídio.
O presidente do Conselho Penitenciário do Estado do Ceará,
Cláudio Justa, acredita que os atentados são represália à fala do novo
secretário de Administração Penitenciária (SAP), Luís Mauro Albuquerque, que
afirmou que “o Estado não deve reconhecer facção” em presídio. Luís Mauro ainda
se posicionou contra a separação de detentos por facção criminosa nas unidades
prisionais do Estado e disse que a fiscalização nas unidades será mais rigorosa.
De acordo com uma fonte do Serviço de Inteligência da
Secretaria da Segurança ouvida pelo G1, membros de duas facções rivais
fizeram um “pacto de união”, com o objetivo de “concentrar as forças contra o
Estado”.
A ordem dos ataques partiu de um detento da Unidade
Prisional Agente Luciano Andrade Lima (antiga CPPL I), na tarde de
quarta-feira, ainda segundo a fonte do Serviço de Inteligência. No dia
seguinte, agentes penitenciários fizeram uma vistoria “surpresa” na unidade, o
que resultou em um motim dos presidiários. A revolta foi controlada no mesmo
dia e nenhum detento fugiu.
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