
Uma pesquisa brasileira demonstrou em laboratório que o
remédio sofosbuvir, usado e aprovado no combate à hepatite C crônica, também é
eficiente no combate à chikungunya nas
células humanas infectadas.
O estudo foi feito pelo Instituto de Ciências Biomédicas da
Universidade de São Paulo (ICB-USP) e foi divulgado pela agência Fapesp. De
acordo com uma das autoras, Rafaela Milan Bonotto, o remédio conseguiu eliminar
o vírus sem danificar as células.
Em janeiro de 2017, uma
outra pesquisa mostrou que o sofosbuvir também pode agir sobre o vírus da
zika. O autor do estudo na época, Thiago Moreno, disse ao Jornal Nacional que há
uma semelhança entre as duas doenças: tanto o vírus da zika quando o da
hepatite têm uma enzima chamada RNA polimerase. O remédio atua exatamente nessa
enzima.
A pesquisa divulgada nesta quinta-feira (8) foi feita sob
orientação do professor Lucio Freitas-Junior. Em entrevista ao G1, ele
disse que o vírus da zika tem semelhanças com o da chikungunya. Ele adianta que
um outro desdobramento será publicado em breve para a atuação contra a febre
amarela, outro vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e da mesma família
de flavivírus.
"Febre amarela e zika são relacionados, são parecidos
geneticamente. A chikungunya menos, mas também tem semelhanças", disse.
Segundo ele, foram testados cerca de 1,5 mil medicamentos
contra células infectadas com o vírus da chikungunya.
"A chikungunya é realmente muito difícil. O único
resultado positivo que nós tivemos com drogas já aprovadas foi com o
sofosbuvir".
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