
Na Paraíba, a vacinação em crianças menores de dois anos de
idade ainda não alcançou a meta do Ministério da Saúde, que é imunizar
pelo menos 90% desse público. Contra a poliomielite, por exemplo, apenas 71%
receberam a proteção contra a doença. E quando falamos em prevenção, é
importante destacar que uma criança desprotegida pode acabar doente e ter
sequelas para o resto de sua vida. Esse é o caso da Eliana Zagui, que teve
poliomielite quando pequena e, desde então, ficou tetraplégica.
“Tenho 44 anos e com um ano e 9 meses contrai a
poliomielite, a qual me paralisou do pescoço para baixo, e com isso me obrigou
a usar o respirador por 24 horas, sendo que poderia ser evitado se eu tivesse
tomado a vacina contra poliomielite. Até descobrir o porquê de não mexer mais
as pernas, tanta febre assim, um médico do interior de São Paulo fez o exame da
medula espinhal e constatou poliomielite. Então eu fui parar no Hospital das
Clínicas, aonde era a referência para tratar a poliomielite e onde eu estou há
42 anos”.
Carla Domingues, que é coordenadora do Programa
Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, acredita que notícias falsas e
boatos são uns dos grandes problemas atuais que gera a resistência de pais e
responsáveis em levar as crianças ao posto de vacinação.
“Na medida que a população não conhece mais a doença e ela
desconhece a importância da vacina. Quando ela recebe uma notícia falsa, ela
começa a colocar em dúvida a qualidade dessa vacina e a sua segurança, e começa
a achar que os eventos adversos que essa vacina pode trazer que são gráficos
que podem inclusive levar à morte e que isso não tem nenhum fundamento
científico. Vacina foi feita para proteger a saúde da população e foi graças a
vacina que nós erradicamos a polio do nosso país, uma doença que acontecia mais
de 10 mil casos, eliminamos o sarampo, que era uma doença que acontecia mais de
100 mil casos por ano, então você vê que vacina protege”.
Segundo o Ministério da Saúde, o total de crianças vacinadas
contra as principais doenças em todo o Brasil está em torno de 50% a 70%. Para
saber mais, acesse saúde.gov.br/vacinacao.
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