Correio -

Prestou depoimento, nesta terça-feira (13), o ex-prefeito de
Baraúna, Adilson Azevedo, suspeito de assassinar por engano o próprio filho,
Alyson Azevedo, também ex-gestor municipal. No depoimento, o suspeito reafirmou
ter confundido o filho com um suposto assaltante.
Em entrevista à TV Correio, o delegado Jorge Luís, que investiga
o caso junto com o delegado Rodrigo Monteiro, contou que a versão do crime
apresentada pelo suspeito bate com o relato de testemunhas que presenciaram a
ocorrência.
“Hoje o senhor Adilson veio se apresentar perante advogado e
confirmou as versões que tínhamos adquirido no local. Ele disse que estava em
casa dormindo quando observou que a porta da casa estava sendo forçada e em um
ato sonolento ele aguardou que a pessoa que estava forçando a porta entrasse a
atirou. Ele já foi assaltado três vezes, pois além da (atuação na) política ele
também exerce comércio, então ele já estava temeroso que algo nesse sentido
acontecesse novamente”, disse o delegado Jorge Luís.
Porte de arma
Já o delegado Rodrigo Monteiro falou que o suspeito possuía
porte de arma, mas que o equipamento não estava registrado.
Também à TV Correio, o advogado do ex-prefeito Adilson
Azevedo, Edvaldo Pereira, relatou que o crime foi uma fatalidade e que o
suspeito segue em ‘estado de desespero’.
“Foi uma fatalidade. Ele está em estado de desespero, tanto
pelas circunstâncias do ato, mas principalmente pela constatação de se tratar
do filho. Todas as pessoas que forem ouvidas vão constatar a versão dele. Nunca
existiu qualquer tipo de discórdia entre eles dois”, falou o advogado.
Confundiu com bandido
A atual esposa do suspeito, Maria Vitória, também foi
entrevistada pela TV Correio e relatou que o marido não tinha como saber que
era o filho quem estava entrando em casa.
“Colocamos a panela no fogo. A gente se deitou, adormeceu e
não viu mais, não lembramos. Os vizinhos acordaram, viram a fumaça e foram
chamar ele. Não percebemos que se tratava do filho, não tinha como. Era muita
fumaça. Ele atirou inocente, sem saber que era o filho dele. Ele está arrasado,
sem chão”, disse Maria Vitória.
Ainda de acordo com o delegado Jorge Filho, o suspeito vai
ser indiciado por homicídio, mas no decorrer da investigação e da instrução
penal judicial, dependendo do convencimento do juiz, o ex-prefeito poderá
receber perdão judicial pelo crime.
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