O açude Epitácio Pessoa, na cidade de Boqueirão, continua
com queda no nível da água. Nessa quarta-feira (7), o manancial contava com
105.342.352,24 metros cúbicos, o que representa 25,59% de sua capacidade, e a
Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) informou que não há previsão para
retomada da normalidade no bombeamento da Transposição do Rio São Francisco.
De acordo com o presidente da Aesa, João Fernandes, o Ministério da Integração
Nacional (MIN) está liberando dois metros cúbicos por segundo, o que estaria
aquém da necessidade. “Em reuniões realizadas em Brasília, nós pedimos que
fosse bombeado pelo menos dois metros cúbicos e estão cumprindo, mas isso é
muito pouco”, afirmou.
Ele explicou que apesar de ser uma quantidade pequena de recursos hídricos, o
açude de Poções está vertendo pela caixa de descarga em direção ao açude de
Camalaú. Quando este último começar a despejar, a água será encaminhada à
Boqueirão, o que deverá melhorar a situação do manancial que abastece Campina
Grande e outras 18 cidades.
“É pouco provável que eles aumentem a carga de água porque estamos recebendo de
graça. Só queremos começar a pagar em 2019, quando poderemos começar a cobrar
com mais ênfase”, acrescentou João Fernandes.
Ele falou que no próximo ano, cada consumidor deverá desembolsar 24 centavos de
Real a cada mil litros de água que consumir, mesmo que não utilize. A partir de
mil litros usados, terá um acréscimo ainda não definido, que será calculado com
rateio entre os consumidores.
A reportagem do CORREIO questionou o MIN sobre o problema, mas até o fechamento
desta matéria não obteve respostas. Em pouco mais de seis meses, Boqueirão já
perdeu quase 40 milhões de metros cúbicos.
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