
Os sócios de uma empresa localizada no município de Lucena,
na Paraíba, que recruta jovens para se tornarem jogadores de futebol
profissionais são investigados por estelionato e tráfico de pessoas. Eles são
suspeitos de aplicar um golpe em 12 garotos que saíram do Nordeste para tentar
uma oportunidade em clubes mineiros.
Os pais das vítimas contaram que um dos homens se apresentou
como olheiro, jargão usado entre boleiros para designar pessoas que encaminham
novas revelações a clubes profissionais.
Ele conquistou a confiança das famílias. Os pais dos garotos
pagaram, em média, R$ 500 para despesas como a viagem a Belo Horizonte.
Os meninos, com idades de 12 a 18 anos, viajaram mais de 2
mil quilômetros até Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. Mas
quando chegaram se depararam com uma situação bem diferente da imaginada: uma
casa com apenas dois quartos, sala e um único banheiro, sem cama para dormir,
além de alimentação precária.
Eles ficaram 15 dias em Santa Luzia e voltaram para o Nordeste
após concluírem que teriam sido enganados.
Com a denúncia anônima de um dos familiares, a polícia
começou a investigar o caso. Seis vítimas prestaram depoimento. A empresa que
prometia agenciar os adolescentes era da cidade de Lucena, na Paraíba.
Procurado pela produção da RecordTV, um dos suspeitos optou pelo silêncio.
O delegado Wilson Luiz de Oliveira, responsável pelo caso,
pretende indiciar os dois sócios por estelionato e até tráfico de pessoas.
“Estelionato porque era uma forma de obter vantagem de forma
ilícita, vantagem para ele. E tráfico interno porque estava tirando pessoas de
uma localidade para outra localidade com falsa promessa”.
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