Wscom -

Em conversa com jornalistas, Haddad falou sobre alguns
projetos do seu plano de governo, como o Minha Casa Minha Vida, o FIES e sobre
alguns de seus planos para a área da Cultura da periferias. Ele falou ainda
sobre a recusa de Jair Bolsonaro em ir a debates.
Haddad lamentou o fato de o Minha Casa Minha Vida estar
parado, uma vez que o programa transformou a vida de milhões de pessoas.
Afirmou que vai retomá-lo, anunciando a meta de construir 500 mil unidades ao
ano, no mínimo. “Nós vamos pegar toda terra pública das grandes cidades, bem
localizadas, e vamos doar para o Minha Casa Minha Vida. Uma das críticas que o
programa recebeu era que as casas eram um pouco afastadas de onde está o
emprego. Aqui em São Paulo existem terras da União, do INSS, da antiga rede
ferroviária. São terras disponíveis, que serão doadas. E estarão mais perto do
trabalho, já com infraestrutura instalada”, disse ele, afirmando que sua meta é
entregar 2 milhões de moradias ao final de sua gestão.
O candidato também falou sobe o Fies, lembrando que é preciso
gerar empregos no país para que todos possam saldar suas dívidas. “É preciso
refinanciar o Fies. Não vamos deixar os estudantes inadimplentes. Eles estão se
formando e não estão conseguindo emprego, por isso não conseguem pagar.
Primeira providência é gerar empregos para quem sai da faculdade. Fies é muito
importante. E neste governo caiu de 700 mil pra 100 mil novos contratos. Vamos
retomar o programa, garantindo que quem sai da faculdade tenha emprego”.
Haddad voltou a afirmar que está disposto a ir a qualquer
lugar, que tenha a garantia de um ambiente sereno de discussão, para debater
com seu adversário Jair Bolsonaro. “Precisamos esclarecer a opinião pública
sobre os temas que hoje afligem o cidadão brasileiro”, disse Haddad, lamentando
a postura de seu oponente até aqui. “Quem não tem proposta não tem o que
debater. Eu lamento porque se alguém quer presidir o país tem que apresentar um
projeto para o país. Não pode passar incólume. Tem que passar pelo crivo do
contraditório. Inclusive para esclarecer o que vem dizendo. Não tem paralelo de
alguém querer chegar na presidência sem debater”.
Sobre nomes para o seu ministério, Haddad afirmou que está
conversando com algumas pessoas. Não quis revelar nomes, mas destacou que
pessoas como Paulo Guedes jamais seriam seu ministro da Fazenda porque
“banqueiro não está preocupado com geração de empregos”.
Haddad disse que vai levar para o governo federal um projeto
que fez como prefeito de São Paulo, que destina uma parte do orçamento da pasta
para produção cultural das periferias das grandes cidades. “Hoje a periferia é
que mais produz cultura e nem sempre recebe apoio do poder público. Uma parte
do orçamento voltado para produção cultura vai ser destinada a coletivos de
periferia necessariamente”.
Perguntado sobre o Partido dos Trabalhadores fará
autocrítica, Haddad falou que tem feito isso com frequência. “Todo dia, faço
uma crítica de algo que fizemos de forma equivocada, mostrando formas de
superação. O ministério que comandei quase 7 tinha uma controladoria muito
forte e por isso não tivemos casos de corrupção. O ministério tinha um
orçamento de 100 bilhões. Eu vou levar o mesmo tipo de controle para estatais.
Para evitar erros que cometemos no passado. Vamos fortalecer esses órgãos de
controle”, afirmou Haddad.
O candidato lembrou que enquanto os acusados de
corrupção tiverem recurso, ninguém pode ser considerado culpado. “É preciso
garantir amplo direito de defesa. Só a justiça pode condenar. Isso está na
Constituição”.
Leia mais notícias em diariodocurimatau.com, siga
nossas páginas no Facebook, no Twitter, Instagram e veja
nossos vídeos no Youtube.
Você também pode enviar informações à Redação do Jornal Diário do
Curimataú pelo WhatsApp (83) 9 8820-0713.