G1 -

Temer optou por acionar as forças federais depois de se
reunir com ministros para uma "avaliação de segurança" sobre a
situação no país, já que a
greve dos caminhoneiros continuou, apesar do acordo firmado entre governo e
representantes da categoria na noite de quinta (24).
Em razão da paralisação, há registros de falta de alimentos
em supermercados e de combustível em postos de gasolina. O transporte coletivo
em diversas cidades foi afetado, indústrias pararam atividades e voos começaram
a ser cancelados por falta de combustível nos aeroportos.
"Comunico que acionei as forças federais de segurança
para desbloquear as estradas e estou solicitando aos senhores governadores que
façam o mesmo", disse o presidente.
Segundo assessoria do Ministério da Segurança Pública, as
forças federais incluem: Exército, Marinha, Aeronáutica e Polícia Rodoviária
Federal (PRF).
Temer disse que tomou a decisão para evitar que a população
fique sem produtos de "primeira necessidade".
"Não vamos permitir que a população fique sem gêneros
de primeira necessidade. Não vamos permitir que os hospitais fiquem sem insumos
para salvar vidas. Não vamos permitir que crianças sejam prejudicadas pelo
fechamento de escolas. Como não vamos permitir que produtores tenham seu
trabalho mais afetado", afirmou Temer.
A assessoria do Ministério da Segurança Pública informou que
o governo vai publicar um decreto ainda nesta sexta-feira com acionamento das
forças federais. Ainda de acordo com a assessoria, as rodovias devem ser
totalmente liberadas. Com isso, caminhoneiros manifestantes não poderão ficar
nem no acostamento.
Apesar do decreto ainda não ter sido publicado, as Forças
Armadas já estão mobilizadas, segundo o governo. As Forças vão esperar a
publicação do decreto para iniciar a operação.
Segundo o governo, a prioridade do desbloqueio é garantir
abastecimento de combustível em seis aeroportos e duas termelétricas. Entre os
aeroportos, estão Brasília, Recife, Congonhas, Confins e Porto Alegre.
'Minoria radical'
Temer disse que o governo atendeu os pedidos dos
caminhoneiros, mas, segundo ele, uma "minoria radical" dos grevistas
não quis cumprir o acordo.
“Atendemos 12 reivindicações prioritárias dos caminhoneiros,
que se comprometeram a encerrar a paralisação imediatamente. Esse foi o
compromisso conjunto. Esse deveria ter sido o resultado do diálogo”, disse o
presidente.
“Muitos caminhoneiros, aliás, estão fazendo sua parte, mas
infelizmente uma minoria radical tem bloqueado estradas, impedido que muitos
caminhoneiros levem adiante o seu desejo de atender a população e fazer o seu
trabalho”, completou.
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