
A menina de 9 anos, irmã mais velha do bebê
que morreu asfixiado com o cobertor em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá,
na segunda-feira (12), afirmou ao Conselho Tutelar que sempre ficava
responsável por cuidar do irmão de 7 anos e dos gêmeos de sete meses.
"Isso já teria acontecido outras vezes e é abandono de
incapaz", afirmou a conselheira Adriana Martins Facuda, que acompanha o
caso.
Os pais, Luciano Barbosa Pereira, de 43 anos, e a mulher
dele, Daniely Oliveira, de 29 anos, foram presos em flagrante e autuados por
abandono de incapaz. A defesa deles não foi localizada.
Segundo o delegado regional Claudinei Lopes, o casal já foi
ouvido durante o plantão policial e o caso será investigado pela Delegacia
Especializada da Criança.
"Eles foram autuados por abandono de incapaz
qualificado, devido à morte dessa criança, que prevê pena de 4 a 15 anos, crime
majorado por serem pais da vítima. E deverão ser indiciados também com relação
aos outros filhos que são menores, por abandono de incapaz, cuja pena é de 6
meses a 3 anos de detenção", disse.
Após a prisão, os filhos do casal foram encaminhados à Casa
Abrigo até decisão da Justiça.
O caso
O casal viajou para Jaciara, a 142 km de Cuiabá, para
realizar um frete de carregamento de bobinas, deixando os quatro filhos
sozinhos na residência. Segundo a Polícia Militar, quando os pais retornaram
para a casa à noite, encontraram o bebê sem vida, embaixo do cobertor.
Após dar entrada com o filho na Unidade de Pronto-
Atendimento (UPA), no Bairro Jardim Santa Marta, no município, foi constatada a
morte por asfixia.
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