
O secretariado da Prefeitura do Rio estimou que mais de 100
mil casas permanecem sem luz nesta sexta-feira (16), quase 48 horas após a
forte chuva que atingiu o município. Após uma reunião, que durou cerca de duas
horas no Centro de Operações da Prefeitura, a cúpula do governo municipal
cobrou medidas imediatas da Light. Antes da reunião, o secretário municipal de
Assistência Social, Pedro Fernandes, já tinha adiantado que 1,5 mil pessoas
seguem desalojadas.
A reunião, com representantes de 14 instituições foi
realizada no Centro de Operações da Prefeitura, no Centro do Rio, para debater
protocolos de emergência.
O secretário de Casa Civil, Paulo Messina, afirmou que pediu
a colaboração da empresa que administra o fornecimento de energia da cidade e
ficou determinado que cinco equipes ficarão à disposição da Prefeitura
imediatamente.
“O maior problema, de
fato, foi na relação da Comlurb com a Light. Nós conseguimos tirar um protocolo
de que a Light vai designar cinco equipes para a Prefeitura, à disposição da
Comlurb, para rodar junto com as equipes da Comlurb desligando a luz. Parece
uma coisa simples, mas ninguém tinha feito isso antes. Está feito o protocolo.
Temos agora a disponibilidade das equipes para desligar a luz, é feita a
retirada das árvores e a Light volta com a luz”, disse Messina. Mais cedo, a
Prefeitura já
tinha admitido "jogo de empurra" entre a Comlurb e a Light.
No encontro, ficou definido ainda que o Estágio de Atenção
do município ficará estabelecido até a recuperação total dos estragos. De
acordo com Messina, o Estágio de Normalidade poderia retornar, mas por
precaução a medida não será tomada. Outra ação elaborada foi a criação de um
fundo para futuros casos de crise.
Vamos colocar um SDP, um Sistema Descentralizado de
Pagamento, que é um fundo de emergência. A gente precisa, por exemplo, comprar
cestas básicas para o pessoal que está desabrigado. Vai ter que ser feito um
contrato emergencial e demora alguns dias. Se a gente tiver um fundo de R$ 100
ou 200 mil ligados ao COR, em situações como essa podem ser usados os fundos para
a compra mais rápida de insumos de cesta básica ou colchonetes”, afirmou o
secretário da Casa Civil.
Messina disse ao G1 que o prefeito, Marcelo
Crivella, está participando ativamente de todas as decisões que foram tomadas
na cidade, mesmo que ele esteja em uma viagem internacional. A reunião das
secretariás municipais e outros órgãos contou ainda com a presença da primeira
dama, Sylvia Jane Hodge Crivella.
Em relação ao número de 1,5 mil desalojados, Pedro Fernandes
disse que é possível que este índice diminua ao longo do dia. Mais de 200
funcionários da secretaria de Assistência Social estão nas ruas para ajudar às
famílias afetadas.
“A gente ainda tem cerca de 1,5 mil pessoas desalojadas. A
secretaria está trabalhando na questão de distribuição de cesta básica, água,
tirar documento porque muitas pessoas perderam tudo. Mais de 150 famílias foram
encaminhas para o aluguel social e a gente espera que o número de desalojados
diminua significativamente ainda hoje”.
Participaram da reunião 14 órgãos para debater medidas com o
objetivo de minimizar o impacto das chuvas sobre a população. São eles: Casa
Civil; Seconserma; Assistência Social; Habitação; Fazenda; Ordem Pública;
Saúde; Comunicação; COR; Cet Rio; Defesa Civil; Rio Luz; Light; e Comlurb.
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