
Viajar mais de 240 quilômetros, sendo 120 km para ida e o
mesmo para a volta, para fazer um simples boletim de ocorrência ou realizar uma
prisão em flagrante. Essa é a realidade dos moradores que são vítimas de crimes
ou de policiais que atenderem ocorrências na cidade de Assunção, no Cariri
paraibano, após as 18h ou nos fins de semana.
Esse problema tem ocorrido por falta de delegados de
plantão. Outros casos parecidos também são registrados em outras regiões do
estado, pelo mesmo motivo.
O problema envolvendo as delegacias de Polícia Civil começa
já na cidade de Assunção. Apesar de ter uma delegacia física, o delegado
responsável pela cidade, Ariosvaldo Adelino de Melo, também atua na delegacia
de Polícia Civil em Taperoá, município vizinho, acumulando as atribuições.
O delegado Ariosvaldo explica que fica a maior parte do
tempo em Taperoá. “Em Assunção existe um comissário de plantão, mas às vezes
ele também precisa ir a Taperoá. Eu vou alguns dias da semana a Assunção, mas
geralmente só em caso de flagrante ou pra 'fazer local de crime', quando tem um
homicídio, por exemplo”, disse ele.
Por este motivo, os moradores da cidade de Assunção precisam
viajar para Taperoá, quando precisam fazer um boletim de ocorrência. Mas, se o
caso ocorrer após as 18h, ou nos fins de semana, o problema é ainda maior,
porque neste horário e dias a delegacia de Taperá não tem expediente.
Neste caso, todas as ocorrências ficam concentradas na
delegacia seccional de Esperança, no Brejo paraibano, que fica a cerca de 120
quilômetros de distância de Assunção, totalizando uma viagem de 240 km para ida
e volta. No “plantão centralizado”, a delegacia de Esperança fica responsável
por atender todas as cidades que integram sua área de atuação. Assunção também
faz parte da área de Esperança, mesmo estando a 120 quilômetros de distância.
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