Agência Brasil -

O modelo de acompanhamento facilita a tradução das
informações em ferramentas e produtos para serem utilizados por instituições
tomadoras de decisão e indivíduos, de modo a fortalecer os mecanismos de
monitoramento, previsão e alerta precoce. Além disso, é uma maneira de
consolidar em um mesmo lugar e com uma mesma linguagem as diferentes
informações sobre seca na região, que sempre tiveram espalhadas em órgãos
diferentes, usando indicadores diversos. “Não havia muita possibilidade de integração
das informações e compartilhamento dos dados”, recorda Ana Paula Fiorezi,
superintendente adjunta de Operações e Eventos Críticos da Agência Nacional de
Águas (ANA).
Na verdade, o que o equipamento faz é sistematizar o
processo com uma metodologia bastante simples: usar indicadores de secas que
são consagradas em nível mundial e classificar a seca em classes de severidade.
“Vai de situação sem seca ou de seca moderada até seca excepcional. Uma vez por
mês são elaborados mapas que permitem uma comparação da evolução da seca na
região”, explica a representante da agência.
Com o Monitor, é possível saber quais regiões estão sendo
mais afetadas e conseguir traçar uma tendência de evolução dessa seca. “A
resposta à seca não depende só da severidade do evento naquele determinado
momento, mas de um acumulado de históricos porque uma coisa é você ter uma seca
severa que persistia dois meses e outra que persistia há alguns anos”,
complementa Ana Paula Fioreze.
Ela explica ainda que quando o cidadão entra nesse mapa
consegue visualizar as informações não somente por estados. “Não é uma
instituição só que faz isso e privilegia a participação de todas as
instituições estaduais. São três estados que fazem o revezamento na autoria:
Bahia, com o Inema – Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado
da Bahia; Pernambuco com a Apac – Agência Pernambucana de Águas e Clima e o
Ceará com a Funceme – Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos”,
ressalta. Eles usam dados que estão disponíveis em diferentes locais e
consolidam as informações. Todos os estados participam de um processo de
validação pegando os mapas e verificando com as pessoas que atuam no campo se
aquilo corresponde a realidade ou não.
As informações sobre seca dificilmente são conseguidas em
tempo real. A periodicidade que se consegue por enquanto é mensal. “Na verdade
é um instrumento utilizado mais pelos órgãos gestores de recursos hídricos. Mas
vários estados e o Ministério da Integração, também em algumas ações, usam para
confirmar situação de emergência ou de calamidade e para se planejar para
resposta, como por exemplo a carros-pipas ou outros socorros”, reforça a
superintendente da ANA.
O sistema é um instrumento de monitoramento e não de
prognóstico. Por enquanto, está centralizado no Nordeste. Desde janeiro de
2017, o equipamento passou a ser coordenado pela Agência Nacional de Águas e um
dos objetivos é expandir esse monitoramento para todo o país em cinco anos.
Ana Paula Fioreze lembra que população pode acessar todos os
mapas e os indicadores do Monitor, além dos resultados finais, que são sempre
disponibilizados no 15º dia do mês subsequente. Há também o aplicativo,
disponível para IOS e Android, onde podem ser baixados os indicadores que vêm
sempre com uma narrativa do mês anterior. O endereço é: monitordesecas.ana.gov.br
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