Agência Brasil -
O projeto piloto do Documento Nacional de Identidade (DNI)
foi lançado nesta segunda-feira (5), no Palácio do Planalto, em cerimônia com a
presença do presidente Michel Temer e do presidente do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes. O documento será digital e vai reunir
diferentes registros civis, como CPF e título de eleitor.
Servidores do TSE e do Ministério do Planejamento vão
participar do projeto e poderão fazer o download do aplicativo a partir de hoje
em smartphones e tablets. A intenção é que a partir de julho deste ano a
iniciativa comece a chegar aos cidadãos brasileiros. No futuro, o DNI deve
incluir diversos documentos à medida em que sejam firmados convênios com órgãos
públicos para a integração da base de informações.
O documento usa as bases de dados de biometria do TSE, do
governo federal e do Poder Judiciário. Para baixar o aplicativo e ter acesso
digital ao documento será preciso ter feito o cadastramento biométrico na
Justiça Eleitoral.
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse que a
ideia é simplificar e tornar eficiente a identificação dos cidadãos. Segundo
ele, o custo unitário do documento digital será de dez centavos. “Descortina-se
com o DNI uma imensa avenida de possibilidades porque a solução que está sendo
dada é inteligente, digital, sem burocracia, flexível e adaptável a todos os
tipos de serviços”, afirmou, acrescentando que futuramente as pessoas
naturalmente passarão a usá-lo como o principal documento de identificação.
O presidente Michel Temer destacou que o DNI vai facilitar a
vida dos cidadãos e ampliar a segurança. “A intenção é que o DNI venha
concentrar vários documentos em um único. Teremos menos papel. A vida de todos,
de alguma maneira, ficará mais fácil. A ideia de um documento de identidade
todo digital, que possamos acessar pelo telefone, é muito prática e será também
sinônimo de segurança”.
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli,
ressaltou que usar a biometria do TSE é um caminho acertado para implementar o
Documento Nacional de Identidade.
O DNI é resultado do projeto de Identificação Civil
Nacional, que tem o objetivo de possibilitar a emissão de um documento único do
cidadão brasileiro, válido no território nacional, bem como a autenticação
biométrica do cidadão em todos os órgãos e entidades governamentais e privados.
O projeto de lei foi aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pela
Presidência da República em maio de 2017.
Registro Nacional Migratório
Na cerimônia também foi assinado um decreto que cria o
documento provisório de registro nacional migratório, voltado para estrangeiros
que entram no Brasil em busca de refúgio e ainda aguardam uma decisão do
governo brasileiro.
Após assinar o decreto, o presidente Temer disse que se
trata de uma medida de caráter humanitário e beneficia também o Estado
brasileiro, por possibilitar um registro mais completo de informações sobre os
solicitantes de refúgio. “É um avanço na identificação dos estrangeiros que
solicitam refúgio em nosso país. Agora, o solicitante ganhará um documento que
dará acesso à Carteira de Trabalho, ao CPF, à possibilidade de uma conta
bancária. É uma medida que fortalece a situação de quem está vulnerável”.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse que há
muito tempo é buscado um registro adequado para migrantes e refugiados que
chegam ao território brasileiro. Segundo ela, no Brasil, quase 10 mil pessoas,
de 82 nacionalidades, buscaram refúgio em 2016 e esse número triplicou em 2017,
quando 33 mil refugiados foram registrados pela Polícia Federal. Dodge lembrou
que há quase 92 mil solicitações de refúgio ativas no país.
Leia mais notícias em diariodocurimatau.com, siga
nossas páginas no Facebook, no Twitter, Instagram e veja
nossos vídeos no Youtube.
Você também pode enviar informações à Redação do Jornal Diário do Curimataú pelo
Whatsapp (83) 9 8820-0713.