
O governo da Argentina anunciou, nesta quinta-feira (22),
que um diplomata russo e um agente da polícia argentina foram presos após uma
operação que durou mais de um ano e que investigava um grande carregamento de
cocaína deixado na Embaixada da Rússia em Buenos Aires.
A ministra de Segurança da Argentina, Patricia Bullrich,
disse que 389 quilos da droga foram descobertos em dezembro de 2016, dentro da
embaixada russa, após uma denúncia do próprio embaixador, Victor Koronelli, que
desconfiou de bagagens que estavam em um anexo do prédio onde funciona a
representação diplomática.
A investigação conjunta entre Rússia e Argentina, segundo o
"Clarín", também possibilitou prender envolvidos no esquema na
Europa. A cocaína, que estava distribuída em 16 malas, foi substituída por
farinha, e levada para a Rússia em um voo de mudança diplomática rastreado com
GPS, que decolou em 9 de dezembro do ano passado. No país, três pessoas foram
presas, segundo a imprensa argentina.
Operação aprendeu cerca de 400 kg de cocaína dentro da
embaixada russa em Buenos Aires (Foto: AFP/Ministério da Segurança Argentino)
Bullrich classificou a operação como uma das mais
"complexas e extravagantes" já realizadas e disse que quase todos os
envolvidos no crime foram presos, exceto uma pessoa que estaria na Alemanha.
As duas prisões anunciadas nesta quinta foram executadas na
quarta-feira (21), e configuram a parte final da operação, de acordo com a
Associated Press.
De acordo com o "Clarín", o ex-contador da
Embaixada está entre os detidos na Rússia. Ele atuou na Argentina até julho de
2016, e fontes familiarizadas com o caso afirmam que a droga foi deixada na
Embaixada antes de sua saída do cargo.
De acordo com os investigadores argentinos, a droga foi
avaliada em 50 milhões de euros (R$ 200,2 milhões) e que seu destino poderia
ser "a Copa da Rússia ou o consumo regular no país". A polícia ainda
estuda a procedência da cocaína.
Leia mais notícias em diariodocurimatau.com, siga
nossas páginas no Facebook, no Twitter, Instagram e veja
nossos vídeos no Youtube.
Você também pode enviar informações à Redação do Jornal Diário do Curimataú
pelo WhatsApp (83) 9 8820-0713.