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Policiais colocaram cruzes na areia da praia de Tambaú para simbolizar mortes na categoria por conta da precariedade (Foto: Reprodução/TV Cabo Branco ) |
Policiais civis e peritos do Instituto de Polícia Científica
(IPC) levaram um caixão ao Busto de Tamandaré e fincaram cruzes na praia de
Tambaú, em João Pessoa, em protesto nesta quinta-feira (18) contra a
precarização das categorias. Conforme Suana Melo, presidente da Associação dos
Policiais Civis de Carreira da Paraíba (Aspol-PB), o protesto é para simbolizar
a perda de 40% do salário ao se aposentar e da falta de condições de trabalho
que resulta em mortes na categoria.
Em nota, a Secretaria de Segurança e Defesa Social da
Paraíba (Seds) informou que esse foi governo que mais reajustes deu à Polícia
Civil nas últimas décadas. "Esperamos que a categoria compreenda o atual
momento econômico que vivem os estados atualmente. Respeitamos todas as reivindicações,
desde que elas não tenham motivação político-partidária".
Ainda de acordo com a Aspol-PB, os policiais são obrigados a
tirar plantão, recebendo 1/3 da hora extra que deveriam receber. No centro do
debate está a Lei Estadual 11.066, que segundo a entidade, promoveu perdas
salariais à categoria.
“Sofremos com a falta
de respeito do governo que nos paga o pior salário do país e ainda nos faz
trabalhar com um efetivo insuficiente, trabalhando por mais de três policiais,
lembrando que existem mais de 700 policiais aptos à aposentadoria, mas não se aposentam,
face às perdas salariais”, reclamou a presidente da Aspol-PB.
O presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais da Paraíba
(Sindiperitos-PB), Herbet Boson, explicou que outro problema encontrado no
trabalho é o acúmulo de função e o descumprimento de resoluções da Justiça,
como é o caso da recomendação do Núcleo de Controle de Atividade Policial do
Ministério Público da Paraíba em que os delegados devem comparecer às cenas dos
crimes. Segundo ele, em cerca de 90% dos casos os registros são feitos sem
presença de delegados.
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