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Quando aplicado a 1 005 voluntários com câncer
diagnosticado, o teste identificou a doença e o órgão atingido em 70% dos casos
– a taxa de sucesso variou entre 39% e 96% conforme o tipo. Tudo com um
vidrinho do líquido, sem raio-x nem ressonância magnética.
Entre os tipos testados, estão alguns dos mais comuns: mama,
pulmão, ovário, fígado, estômago, pâncreas, esôfago e reto. O método também foi
testado em 812 pessoas sem a enfermidade para verificar o número de alarmes
falsos. Foram apenas sete enganos.
É claro que ainda há muito a ser aperfeiçoado. A precisão
cai para 40% quando são considerados apenas tumores no primeiro estágio de
desenvolvimento. E é justamente nessa fase, em que o câncer muitas vezes é
assintomático, que o método seria mais valioso. Seja como for, agora que a
ideia está lançada, fica mais fácil desenvolver versões eficientes do método –
e também mais baratas, que poderão ser aplicadas a uma grande parcela da
população.
“Esse é um dos primeiros estudos a combinar biomarcadores
proteicos e DNA de tumores circulando no sangue como ferramentas de
diagnóstico”, afirmou ao The Guardian Chris Abbosh, do University College em
Londres, que não participou do estudo. “Também em um dos primeiros a aplicar
essas ferramentas a vários tipos de câncer em um grande número de pacientes.”
Atualmente, cinco dos nove tumores analisados não tem teste preventivos (no
jargão técnico, rastreio ou screening) eficientes.