Noticia da serra -

Além das estaduais paulistas, o campineiro de 17 anos passou
na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), UFF (Universidade Federal
Fluminense), PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Campinas, PUC-SP, São
Leopoldo Mandic, Faculdade de Medicina de Jundiaí e Unifae (Centro
Universitário das Faculdades Associadas de Ensino), em São João da Boa Vista
(SP).
Como optou pela USP (Universidade de São Paulo), já está
morando na capital e contou ao UOL que está se adaptando aos poucos, tanto à
faculdade quanto à cidade. “Está tudo bastante corrido. É muita coisa nova
acontecendo. Mudança de escola, de cidade, mas aos poucos estou me adaptando”,
comentou.
Em relação à escolha da faculdade, ele disse que considerou
o fato de a USP ser uma das melhores do país e também por ser bastante voltada
à pesquisa, área que ele pretende seguir dentro da medicina.
Rotina de estudos
Gabriel seguiu à risca uma rotina de estudos puxada. “Eu
tinha aula de manhã, e ficava às vezes até as 17h30. Quando eu chegava em casa
continuava estudando. De três a cinco horas por dia. Só parava para jantar e
tomar banho. Nos fins de semana, eu costumava estudar umas sete horas por dia”,
contou.
Além de estudar pesado, Gabriel conta que neste último ano
quase não saía com os amigos e praticamente esqueceu as redes sociais. “Eu saía
muito pouco e quase não entrava nas redes sociais. Usava mais para checar
coisas relacionadas à minha rotina de estudos”, completou.
Até mesmo a música, o principal hobby de Gabriel foi deixada
de lado. “Eu toco piano, saxofone, clarinete e flauta transversal, mas até isso
eu abandonei para estudar. Mas valeu muito a pena. Eu esperava passar, mas não
em todas. Foi uma sensação indescritível”, concluiu.
Bom aluno
O estudante sempre foi um exemplo de determinação. Até mesmo
os professores do Colégio Notre Dame, onde Gabriel estudou desde pequeno, já
esperavam que ele teria sucesso no vestibular e falam dele com muito orgulho.
“Ele sempre foi muito focado. Sempre tirou notas altíssimas
em todas as disciplinas, mesmo as que ele dizia não ter muita afinidade. Mas o
que mais chamava atenção nele era sua performance participativa. Ele
participava de tudo: olimpíadas, aulas de aprofundamento, simulados. Tudo o que
a escola oferecia, ele aproveitava, e muito bem”, disse Cláudio Panosso,
professor de física e coordenador de vestibulares do colégio.
Além disso, o docente destacou a dedicação e o foco de
Gabriel. “Ele sempre foi muito focado. Gabriel não começou a se preparar para o
vestibular no ano passado. Ele se prepara desde sempre. Ele fez vestibular como
treineiro durante o primeiro e o segundo ano do colegial e foi aprovado nas
duas vezes. Em cursos menos concorridos, mas foi aprovado. Pra mim, a aprovação
nas 10 faculdades não foi grande surpresa. Ele sempre foi um aluno exemplar”,
conclui Panosso, que acompanhou a rotina do estudante.
O pai dele, Nivaldo Baron, que é ginecologista e obstetra,
contou que ficou muito feliz quando Gabriel escolheu ser médico, mesmo sem
nenhum tipo de pressão dentro de casa. “Nós o apoiaríamos para qualquer curso,
mas claro que ficamos muito felizes com a escolha dele e do irmão. Ver seus filhos
seguindo seus passos com certeza é motivo de muita alegria. Para qualquer pai,
isso dá uma sensação de dever cumprido”, disse.
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