Agência Brasil -

Apesar do Projeto de Integração estar próximo à conclusão, o
governo federal quer agilizar a chegada da água à população a ser beneficiada,
que amarga o quinto ano seguido de seca. Os equipamentos vão acelerar a
passagem da água pelas estruturas do eixo Leste do projeto e permitir que a
região de Campina Grande, na Paraíba - um dos estados mais atingidos pela seca
- seja beneficiada no começo de 2017.
“O objetivo é garantir a chegada da água ao destino final do
eixo leste com 30 dias de antecipação e assim atender o quanto antes a
população que hoje sofre com a estiagem em Pernambuco e na Paraíba”, disse o
ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, na solenidade de assinatura
do Termo de Cessão de Uso Não Oneroso dos equipamentos da Sabesp, ocorrido no
Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista. O governo federal fica
responsável pelas despesas de transporte e seguro dos equipamentos durante o
período de uso, previsto para 120 dias.
Estiveram presentes ao evento o secretário de Saneamento e
Recursos Hídricos de São Paulo, Benedito Braga, o presidente da Sabesp, Jerson
Kelman, a vice-governadora da Paraíba, Lígia Feliciano, e o presidente da
Companhia Pernambucana de Saneamento, Roberto Cavalcanti Tavares.
O ministro informou na ocasião que o governo federal tem
investido cerca de R$7 bilhões em ações estruturantes e que “diversas obras
permitirão segurança hídrica para 12 milhões de brasileiros”.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, explicou que
durante a restrição hídrica que o estado passou há três anos “compramos
superbombas, que custaram perto de R$ 20 milhões para poder ter um bombeamento
eficaz e utilizar as águas da reserva técnica [volume morto]. Como não estamos
mais utilizando [esses equipamentos] e o Nordeste passa por uma seca que é a
maior do século, a Sabesp está cedendo essas bombas, que vão ajudar com que [as
águas] do rio São Francisco cheguem um mês antes no agreste pernambucano e na
Paraíba”.
Abastecimento antecipado
Os conjuntos de motobombas serão levados até o
canteiro de obras do projeto em Floresta (PE), onde vão elevar as águas do São
Francisco para abastecer o reservatório de Mandantes, no mesmo município. Esse
procedimento deve encurtar em até 25 dias a chegada das águas ao município de
Monteiro, primeira cidade paraibana a ser beneficiada. De Monteiro, as águas
seguirão pelo lieto do rio Paraíba até Campina Grande (PB).
O Ministério da Integração Nacional ainda estuda a
possibilidade de utilização das bombas no reservatório de Campos, em Sertânia
(PE).
O Projeto de Integração do Rio São Francisco, que ora
apresenta 90% de conclusão, beneficiará 12 milhões de pessoas em 390
localidades nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, e
ainda as 294 comunidades rurais às margens dos canais. Quando concluídos, os
Eixos Norte e Leste captarão a água do Rio São Francisco, que percorrerá 477
quilômetros de canais, abastecendo adutoras e ramais que irão perenizar rios e
açudes e beneficiar vários municípios.
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