Avião militar russo cai no mar Negro e mata 92 pessoas - Jornal Diário do Curimataú
Avião militar russo cai no mar Negro e mata 92 pessoas

Avião militar russo cai no mar Negro e mata 92 pessoas

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G1 -

Imagem aérea do aerporto no balneário de Sochi, na Rússia,
de onde decolou o avião russo que caiu neste domingo (25)
(Foto: REUTERS/Maxim Shemetov/Arquivo)
Um avião militar russo com 92 pessoas a bordo caiu no mar Negro, logo após decolar do balneário de Sochi, no sudoeste da Rússia. O desaparecimento da aeronave e o encontro dos destroços do avião foram confirmados pelo Ministério da Defesa. O órgão informa que não há sobreviventes do desastre aéreo.

Equipes de emergência resgataram corpos e restos do avião; alguns foram encontrados a cerca de 1,5 km da costa. Barcos, helicópteros e drones ajudam nas buscas na região.
Segundo a agência France Presse, o presidente russo Vladimir Putin declarou luto nacional para esta segunda-feira.

Equipe de emergência da Rússia transporta restos do avião
militar russo que caiu no Mar Negro na noite deste domingo
 (Foto: REUTERS/Yevgeny Reutov )
A aeronave decolou às 5h20 no horário local, 0h20 no horário de Brasília, com destino à base aérea russa de Khmeimim, na Síria, e sumiu dos radares 20 minutos após a decolagem, ao fazer uma manobra sobre águas russas. O governo russo descarta ação terrorista como a causa do acidente e já investiga o que teria ocasionado a queda da aeronave.
O modelo da aeronave envolvida no acidente é um Tu-154, muito usado no transporte aéreo doméstico na Rússia. Fontes dos serviços de emergência indicaram que o Tu-154 procedia de Moscou e tinha feito escala no aeroporto de Sochi para reabastecer.
"Fragmentos do Tu-154 do Ministério da Defesa russo foram encontrados a 1,5 km da costa do mar Negro a uma profundidade de 50 a 70 metros", informou o Ministério da Defesa, segundo a rede britânica BBC.
A bordo do avião viajavam militares e integrantes do renomado coral e grupo de dança Alexandrov, do Exército russo, que participariam das comemorações de Ano Novo na base aérea síria de Khmeimim, em Latakia, onde a Rússia tem um agrupamento de aviões de guerra. Além dos integrantes do coral também estariam a bordo do voo nove profissionais de imprensa, oito soldados e dois funcionários civis. A BBC informa que Elizaveta Glinka, conhecida como Doutora Liza e diretora-executiva da instituição de caridade Fair Aid, estava no voo.

O presidente sírio, Bashar al-Assad, ofereceu neste domingo suas condolências a seu colega russo, Vladimir Putin. A agência de notícias oficial síria "Sana" informou que Assad enviou uma mensagem a Putin na qual expressou uma "grande tristeza" pelas mortes de "queridos amigos que estavam em caminho à Síria para compartilhar com os sírios sua alegria nas festas (natalinas) e pela vitória na cidade de Aleppo".
O líder destacou, além disso, que "Síria e Rússia são parceiros na luta contra o terrorismo e compartilham alegrias e dores", segundo a agência. Assad também apresentou seu pêsame às famílias e a todo o povo russo.
A Rússia intervém no conflito sírio a favor do governo de Damasco e desde 30 de setembro de 2015 realiza uma campanha de bombardeios no país árabe.

Investigação
Segundo a CNN, as condições do clima no local no momento do desaparecimento estavam favoráveis. A BBC informou que foram iniciadas investigações para saber se houve violação das normas de segurança do transporte aéreo que pudesse ter provocado a queda.
O presidente do Comitê de Defesa e Segurança do Conselho da Federação, Viktor Ozerov, disse à agência russa Sputnik que a queda da aeronave pode ter ocorrido por um problema técnico ou falha humana. Ozerov não crê na hipótese de ação terrorista.

"Eu descarto completamente a versão do ataque terrorista. É a aeronave do Ministério da Defesa, o espaço aéreo da Federação Russa, não pode haver tal versão", afirmou. "O avião teve que dar uma volta em U após a decolagem sobre o mar, pode ter tomado a direção errada", explicou Ozerov.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que o presidente russo, Vladimir Putin, foi informado imediatamente quando a aeronave desapareceu dos radares.



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