Agência Estado -

Segundo o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), que esteve com
Temer na tarde deste domingo (11/12), o presidente receberá a equipe econômica
durante a noite para tratar de um pacote de medidas para recuperar o emprego, a
ser lançado nesta semana. Agora, Temer recebe o secretário-executivo do
Programa de Parceria de Investimentos, Moreira Franco. Padilha se juntará à
equipe no início do noite.
A reunião ocorre na mesma semana da divulgação de um dos
termos do acordo de delação premiada do ex-vice-presidente de Relações
Institucionais da Odebretch, Carlos Melo Filho, que cita Temer, Moreira e
Padilha nos depoimentos de executivos da empreiteira à Lava-Jato.De acordo com
Rosso, Temer está “sereno”. “A prioridade é a retomada da economia. No
Senado, a PEC dos gastos. E na Câmara, a reforma da previdência. O foco é o
ajuste fiscal e o presidente disse que confia nas instituições e na
independência dos poderes, principalmente do Judiciário”, disse o deputado.
O líder do PSD disse, ainda, que a reunião de urgência deste
domingo tratará de um pacote de medidas, que deve ser lançado nesta semana.
“São uma série de ações para geração de emprego e renda no curto prazo”,
afirmou.
De acordo com Rosso, as medidas de estímulo já vinham sendo
estudas há cerca de um mês e os últimos detalhes devem ser acertados em um
encontro com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. No entanto, a assessora
de imprensa do ministro disse que ele continuará em São Paulo, onde cumpre
agenda nesta segunda (12/12). Meirelles almoça com os dirigentes da Federação
Brasileira de Bancos (Febraban) e participa da cerimônia de entrega de dois
prêmios à noite.
Entenda o caso
Cláudio Melo Filho afirmou em delação que Temer pediu R$ 10
milhões ao empreiteiro Marcelo Odebrecht em 2014. Oficialmente, o Planalto
negou ontem à noite a informação e afirmou que não há mais comentários a serem
feitos. A delação premiada que atingiu em cheio a cúpula do PMDB e do governo,
inclusive o presidente Michel Temer — citado 43 vezes no depoimento —
impôs um movimento de cautela a integrantes do Palácio do Planalto.
Interlocutores do Executivo dizem que é preciso aguardar o
desenrolar dos depoimentos, que ainda precisam ser comprovados, mas não negam a
preocupação com possíveis impactos das delações. Segundo depoimento do
ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, Carlos Melo Filho,
a empreiteira destinou dinheiro de caixa 2 para campanhas eleitorais e ainda
fez repasses para a aprovação de medidas de interesse da construtora no
Congresso Nacional.
Está prevista para a próxima terça-feira, a última votação
da PEC do Teto dos Gastos e da LDO. O governo não quer que a tramitação dessas
medidas, e da reforma da Previdência, sejam prejudicadas com o teor das
delações dos ex-executivos da Odebrecht.
Leia mais notícias em diariodocurimatau.com, siga
nossas páginas no Facebook,
no Twitter e veja
nossos vídeos no Youtube.
Você também pode enviar informações à Redação do Jornal Diário do Curimataú
pelo WhatsApp (83) 9 8820-0713.