Agências internacionais -
O Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas, adotado
pelos líderes mundiais em dezembro de 2015 na capital francesa, entra
oficialmente em vigor nesta sexta-feira (4).
O acordo estabelece mecanismos
para que todos os países limitem o aumento da temperatura global e fortaleçam a
defesa contra os impactos inevitáveis da mudança climática.
Se cumprido à risca, o Acordo de Paris marcará o início de
um novo capítulo para a humanidade e demonstrará que os países estão
determinados a enfrentar o problema do aquecimento global.
Para comemorar este dia histórico para as pessoas e para o
planeta, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, reunirá hoje (4)
representantes da sociedade civil para uma conversa na sede da ONU, em Nova
York. A reunião proporcionará aos grupos da sociedade civil a oportunidade de
compartilhar com o secretário-geral suas contribuições para os objetivos do
Acordo de Paris, bem como as suas visões e preocupações.
O evento será transmitido ao vivo pela TV ONU, das 12h às
12h45 (horário de Brasília).
Apesar do otimismo representado pela entrada em vigor do
acordo, muitos políticos e profissionais responsáveis pelas políticas
energéticas de vários países ainda duvidam do sucesso das medidas previstas.
Eles acham que os governos e as grandes empresas terão um desafio pela frente,
que é tentar alcançar pelo menos os modestos objetivos de reduzir as emissões
de gases de efeito estufa. As próprias empresas ainda desconhecem a quantidade
de gás de efeito estuda que emitem.
Por isso, a maioria das empresas sequer fez planos para
conter essas emissões. Os avanços tecnológicos, como por exemplo o carro
elétrico, são importantes para melhorar a qualidade do ar, mas não são
suficientes para deter as consequências do aumento de consumo de petróleo em
todo o mundo. Muitas empresas ainda não descobriram quanto de gás de efeito
estufa emitem, muito menos fizeram planos para conter essas emissões.
No aspecto de financiamento, a busca de uma solução para
pagar pelas mudanças ainda não teve êxito. Ainda não se sabe, na maioria dos
países, como cobrar um imposto sobre o carbono que permita forçar as indústrias
a pagar pela poluição que jogam na atmosfera. Felizmente, muitos recursos
financeiros foram levantados em diversos países para financiar projetos
ambientais. No entanto, esses recursos são ainda poucos para que possam
realmente tornar o planeta mais limpo.
“Não é uma questão de bilhões [de dólares], é uma questão de
trilhões [de dólares]”, disse o secretário-geral da Organização para Cooperação
e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Ángel Gurría, em entrevista ao The New York
Times sobre a necessidade de recursos para melhorar o clima do planeta.
Em 12 de dezembro de 2015, 195 países se comprometeram, na
Conferência de Paris, na capital francesa, a deter o aumento da temperatura do
planeta a, pelo menos, 1,5 graus Celsius e a ajudar os países economicamente
vulneráveis a deter o aquecimento.
Nem todos os países porém ratificaram o Acordo de Paris.
Segundo a ministra francesa da Ecologia, do Desenvolvimento Sustentável e da Energia
da França, Ségolène Royalda , do total de países que se comprometeram, só 94
firmaram o acordo.
Leia mais notícias em diariodocurimatau.com, siga
nossas páginas no Facebook,
no Twitter e veja
nossos vídeos no Youtube.
Você também pode enviar informações à Redação do Jornal Diário do Curimataú
pelo WhatsApp (83) 9 8820-0713.