Estadão -

Segundo o delator, todos os políticos citados por ele
“sabiam” do funcionamento do esquema de corrupção capitaneado por ele na
estatal e “embora a palavra propina não fosse dita, esses políticos
sabiam, ao procurarem o depoente, não obteriam dele doação com recursos do
próprio, enquanto pessoa física, nem da Transpetro, e sim de empresas que
tinham relacionamento contratual com a Transpetro”.
De acordo com Machado, empreiteiras que mantinham
contrato com a estatal realizavam pagamentos mensais de propinas para
políticos, parte por meio de entrega de dinheiro vivo e parte por meio de
doações oficiais como forma de garantir os contratos com a estatal que era de
influência do PMDB.
“QUE os políticos responsáveis pela nomeação do depoente
para a Transpetro foram Renan Calheiros, Jader Barbalho, Romero Jucá, José Sarney e Edison Lobão; QUE
estes políticos receberam propina repassada pelo depoente tanto por meio
de doações oficiais quanto por meio de dinheiro em espécie; QUE além
destes políticos o depoente também repassou propina, via doação oficial,
para os seguintes: Cândido Vaccarezza, Jandira Feghali, Luis Sérgio, Edson
Santos, Francisco Dornelles, Henrique Eduardo Alves, Ideli Salvatti; Jorge
Bittar, Garibaldi Alves, Valter Alves, José Agripino Maia, Felipe Maia, Sergio Guerra, Heráclito Fortes, Valdir Raupp; que
Michel Temer pediu ao depoente que obtivesse doações oficiais para
Gabriel Chalita, então candidato a prefeito de São Paulo”.