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A decisão foi anúnciada pelo ministro da Educação, Mendonça
Filho, em uma postagem no microblog Twitter. Desta forma, a Cultura deixa de
ser uma secretaria subordinada ao Ministério da Educação.
— Conversei com o presidente Temer sobre a decisão de
recriar o Ministério da Cultura. O compromisso do presidente com a Cultura é
pleno. A decisão de recriar o Minc é um gesto do presidente Temer no sentido de
serenar os ânimos e focar no objetivo maior: a cultura brasileira.
A fusão das pastas de Educação e Cultura foi tomada com base
no princípio adotado por Temer de reduzir o número de ministérios quando
assumiu interinamente o governo. A medida sofreu diversas críticas da opinião
pública e artistas.
Diante dos protestos de parte dos artistas e de servidores
do Ministério da Cultura, Temer já havia anunciado que, mesmo como secretaria,
a estrutura
da pasta seria mantida e a pasta teria
"status especial".
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também sugeriu
que o Ministério fosse recriado e se comprometeu ele mesmo com a
tarefa, por meio de uma emenda no Congresso Nacional.
Marcelo Calero
Antes de assumir a Cultura, Marcelo Calero foi secretário do
prefeito Eduardo Paes (RJ), do PMDB, mesmo partido de Temer. Advogado e
diplomata, Calero tem 33 anos e foi presidente do Comitê Rio450, que concentrou
as comemorações dos 450 anos da cidade do Rio, em 2015. Antes de assumir a
pasta, ele chegou a participar de um encontro da área em que se pedia a
permanência do MinC como ministério independente.
Calero assumiu em janeiro de 2015 a secretaria carioca, na
vaga deixada pelo jornalista Sérgio Sá Leitão. Curiosamente, o nome de Sá
Leitão também foi aventado para a Secretaria Nacional de Cultura. Em sua
gestão, Calero intensificou o processo de descentralização e democratização do
acesso à cultura no Rio.
Em sua passagem pela secretaria do Rio, Calero sempre foi
prestigiado pelo prefeito, que o elogia nas cerimônias públicas. Ele vinha se
envolvendo na preparação da cidade para os Jogos Olímpicos.