CEOP: Barreiro de trincheira leva desenvolvimento sustentável à família em zona rural de Nova Palmeira - Jornal Diário do Curimataú
CEOP: Barreiro de trincheira leva desenvolvimento sustentável à família em zona rural de Nova Palmeira

CEOP: Barreiro de trincheira leva desenvolvimento sustentável à família em zona rural de Nova Palmeira

COMPARTILHE
Redação Creative TV –

Mais uma reportagem especial da série que acompanha as tecnologias sociais para convivência com o Semiárido, desenvolvidas pela Articulação do Semiárido-ASA através do Centro de Educação e Organização Popular-CEOP na região do Curimataú e Seridó Oriental paraibano estará sendo mostrada ao espectador.
Dessa vez fomos até a comunidade rural Cantinhos, município de Nova Palmeira, onde a Dona Josefa Silveira também conhecida como dona Netinha, foi contemplada com a construção de um barreiro-trincheira. Mais uma importante mudança na realidade de uma família que convive no Semiárido do Nordeste brasileiro. A fartura vista por toda nossa equipe é de encher os olhos e de sentir orgulho das políticas públicas voltadas para a agricultura familiar no Semiárido.

Assista a matéria:


Com intuito de viabilizar o armazenamento de água para criação animal e cultivos de alimentos agroecológicos diversificados, o barreiro-trincheira possui capacidade para 500 metros cúbicos (quinhentos mil litros de água), sendo construído em solos de baixadas que possua pouca infiltração de água para o lençol freático. Por ser estreito e profundo o barreiro trincheira dificulta a evaporação fazendo com que permaneça a maior parte do ano cheio, ao contrario de açudes e barreiros normais que são mais susceptíveis a evaporação. A profundidade do barreiro trincheira é de no mínimo três metros, reforçando assim a sustentabilidade estrutural, como explica o animador de campo Robson Santos.
Já a dona Netinha é uma alegria só para falar com nossa equipe, afinal quem não ficaria contente tendo água para trabalhar na roça ajudando no sustento da casa e ainda podendo gerar renda através da venda dos produtos livres de agrotóxicos que hoje são prioridade na mesa do cidadão.
E tem mais, numa área próxima ao barreiro construído a dona netinha ainda plantou um verdadeiro oásis de frutas sem uso de agrotóxicos como pinha, bananeira, graviola, goiabeira, laranja, manga, tangerina, acerola e caju. Ela fez questão de falar o porquê que decidiu também fazer essa área na propriedade.
E ainda não acabou. Com a renda extra que ganha nos períodos de colheita, dona Netinha e seu marido ainda mantem um curral de caprinos, além do galinheiro, onde se produz ovos de capoeira para a família.
As famílias agricultoras do Semiárido só precisam de oportunidade para fazer com que seu talento, o que aprenderam com seus pais e que já vem dos seus antepassados possam aflorar. Mais um exemplo do quão importante é um governo que investe em políticas públicas voltadas para a agricultura familiar, valorizando as famílias camponesas e fortalecendo a economia local, melhorando assim, a convivência com o Semiárido. O exemplo de dona Netinha mostra a cada um que assiste a este vídeo que, conviver com a estiagem é uma questão de capacidade de adaptação e execução de politicas públicas contextualizadas com cada realidade.