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O meteorito, chamado de bólido pelos astrônomos, normalmente caí no mar, segundo o geógrafo, simplesmente porque existem no planeta mais áreas marítimas do que de terra, mas há registros de objetos que caíram em regiões de fazenda e até em centros urbanos, em casos mais raros. O fenômeno também pode acontecer à noite ou de dia. O caso mais famoso e recente é do meteorito que caiu na Rússia assustando moradores e quebrando vidraças de prédios.
“Essa partícula deve ter tido proporções, provavelmente, um pouco menor que uma bola de futebol”, pontuou. Marcos revelou ainda que um bólido quando entra na atmosfera do planeta normalmente explode a uma altura de 60 quilômetros. “O que sobra são partículas pequenas. A luminosidade é causada pelo atrito da pedra com o ar. Ela ingressa na atmosfera e começa a queimar. É o mesmo fenômeno que acontece quando há a reentrada de naves espaciais... Quando entram na atmosfera uma parte que protege a nave do atrito é queimada”, ressaltou.
Até o momento não há notícia de fragmentos, mas pela trajetória do meteorito é possível determinar em que ponto esses fragmentos caíram.
No caso do meteorito a queima transforma o objeto em poeira, normalmente. Mas nem sempre, há casos que esses meteoritos chegam ainda com força ao solo, é o exemplo que aconteceu na Rússia, onde foi encontrado num lago ainda um bom pedaço do objeto espacial. “O da Rússia foi um bólido de proporções consideráveis, a explosão foi uma certa altitude e o deslocamento da explosão foi sentida no solo, com boa parte das partículas que caíram no solo”.
Chuva de estrelas – O geógrafo lembrou que na realidade esse fenômeno está associado a chuva de estrelas. “A terra cruza a órbita de alguns cometas, especificamente esse bólido deve estar associado ao Cometa Halley. Nós estamos no período da chuva de meteoro Orionídea, provavelmente a partícula esta associada ao cometa Halley”, revelou.