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Há quatro anos a Secretaria de
Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap) registra casos
desta praga. No entanto, desde então agricultores têm perdido suas plantações
por não saberem como evitar ou exterminar o inseto responsável por sugar a
seiva da palma, deixando-a inutilizável. É o que acontece com o agricultor
Armando Alves Rocha, na zona rural de Juazeirinho. "Já faz mais de dois
anos que essa praga tem acabado com toda a plantação. Já coloquei veneno, óleo,
mas nada funcionou", afirmou Armando.
O prejuízo na agricultura já
soma R$ 500 milhões a 10 mil produtores rurais da Paraíba, segundo dados da
Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa). Os palmares
extintos, somente este ano, se localizavam nas regiões do Cariri Ocidental e
Oriental, Serra do Teixeira, Vale do Piancó e a Região do Sertão, entre as
cidades de Bonito de Santa Fé até Cajazeiras.
Uma possível alternativa de
combate é uma solução contendo óleo de algodão bruto e detergente neutro.
"Essa solução possui 98% de eficácia. Agricultores da cidade de Caturité
conseguiram combater o mal a partir da mistura que consiste em 5 litros de óleo
de algodão bruto mais 5 litros de detergente neutro para cada 100 litros de
água", explicou o pesquisador da Emepa, Dr. Edson Batista Lopes,
acrescentando que se o método tivesse sido aplicado de imediato nas plantações
atingidas, o prejuízo não teria sido tão grande.
Há quatro anos existem
registros da cochonilha-do-carmim em plantações paraibanas. No entanto, uma vez
que a praga é propagada e a plantação se deteriora, é necessário que seja feito
um replantio com as espécies resistentes produzidas pela Emepa. "Não
adianta replantar a mesma espécie. A Emepa tem quatro cultivares registrados no
Ministério da Agricultura a partir de pesquisas. No momento estamos
distribuindo os tipos Palmepa PB 1 e Palmepa PB 3", disse Edson.
Nas cidades em que os palmares
foram extintos, já teve início o plantio de 2 milhões de raquetes das novas
espécies de palma resistentes à praga. Os agricultores que tiverem suas
plantações destruídas devem solicitar junto à Secretaria de Agricultura do
Estado as sementes produzidas pela Emepa.
A Empresa Estadual de Pesquisa
Agropecuária informou ainda que apenas uma parte da região do Seridó permanece
sem registros da praga.