Afinal, tamanho é documento? - Jornal Diário do Curimataú
Afinal, tamanho é documento?

Afinal, tamanho é documento?

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De uns tempos pra cá, tenho pensado muito em homens de pênis pequeno. E acho que a mulherada está se enganando e criando estereótipos. E o pior: rotulando rapazes (ou “homens feitos”) apenas porque o moço tem um pau pequeno.
Às vezes, a “ficada” mais arrojada na balada se estende ao motel. A madrugada até rende alguns orgasmos, mas se o gato tiver o pênis pequeno, coitado, logo vai ganhar uma locução adjetiva de presente – e para sempre.
Se o moço trabalha na mesma empresa que a garota, não dá 24 horas e boa parte das mulheres da companhia já sabe do “segredinho”.
- Fulana, por favor, liga aí para Beltrano!
- Beltrano? Qual? Aquele do pau pequeno?
Pronto. Está feito. Daí em diante, ele será sempre o Beltano do Pau Pequeno! E a cada fora que alguma suposta pretendente levar do Fulano, cada vez mais os centímetros fálicos do rapaz serão diminuídos na conversa.
- Menina, não te conto! Sabe Fulano? Não passa disso aqui. E mostra o dedo mindinho à amiga.
E tudo vira risada, por minutos a fio. E todo o risadeiro volta quando a informação é complementada:
– E ainda é fino! (nova leva de risadas se segue).
Acho que as mulheres estão ficando bem deselegantes e partilhando mais informações do que deveriam.Quem de nós gostaria de ser chamada de Fulana do Peito Mole, Beltrana da Bunda Seca, Sicrana do Clitóris Gigante, Maria da Vagina de Brócolis, Antônia Capô de Fusca ou Melissa Pata de Camelo?
Nenhum ser humano é igual ao outro. Daí que o óbvio também precisa ser dito: as pessoas não são feitas em uma forma e vão ter pênis e vaginas diferentes (mesmo nos sex shops, há modelos para todos os gostos). E descobrir novas possibilidades do prazer pode ser um delicioso exercício a dois. Pensem nisso!