Análise científica mostra que Hulk é realmente o mais forte da Seleção - Jornal Diário do Curimataú
Análise científica mostra que Hulk é realmente o mais forte da Seleção

Análise científica mostra que Hulk é realmente o mais forte da Seleção

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Globo.com

A quatro dias de começar a Copa do Mundo, poucos torcedores devem saber que, entre os 23 convocados para defender a Seleção, há um Givanildo. Mas quem não conhece Hulk? Seja pelos gols, pela habilidade ou simplesmente pela força incrível, ele é fundamental na equipe de Felipão na busca pelo hexacampeonato mundial. Semelhança com o super-herói não é mera coincidência. O desejo de ser como o homem dos quadrinhos que fica verde ao se irritar surgiu antes mesmo do futebol. E a perseverança para superar as adversidades lhe garantiu destaque nas quatro linhas. Com força e resistência extraordinárias, que surpreendem até os companheiros, em casa ou nos gramados, Hulk assumiu sua posição de protagonista. 
- Eles falam que eu começava a pegar as coisas na casa e dizer: ó, eu sou o Hulk.  Então meu pai disse: agora você vai ser o Hulk. Agora minha esposa pergunta para os meus filhos: "Como é o nome do seu pai?" Eles dizem: "É papai Hulk." É assim para todo mundo - diz o jogador.
São 90 quilos de pura força que impressionam até Paulo Paixão, preparador físico da Seleção. Ele  garantiu que Hulk desempenha um papel tático quase impossível para um jogador sem o mesmo preparo. Presente no ataque mas sempre voltando para recompor a defesa, ele se doa tanto que nem parece ter jogado sua última partida completa pela Seleção contra a China, em 2012. Nos outros 21 jogos como titular foi substituído, e, geralmente, sai esgotado de campo. Mas será fora do comum essa força de super-herói?
- É fora da média. Aqui no grupo ele é o que obteve o maior nível de força. Eu diria que tem uma média de jogador de futebol no mundo que no teste da máquina isocinética atingiu no máximo 400 newton/metros. É uma curva que se atinge quando a gente faz uma força nessa máquina. O Hulk atingiu 380. Dentro da sala, os jogadores acompanharam e pediram para ele não quebrar a máquina. Ele corre uma média de 10 a 10,5 quilômetros por jogo e perde uma média de 2,5 a 3 quilos por jogo também - conta Paixão.
- Muitos me falam que eu sou um cara de sorte, porque eu não gosto de estar malhando, não sou de estar na academia puxando ferro. Eu acho que é genética mesmo - contou o atacante do Zenit.
E genética somada ao talento resultou em sucesso. Atualmente um dos jogadores de confiança de Felipão, Hulk precisou convencer para ser mantido pela comissão técnica.
- O Hulk foi um jogador muito contestado, a comissão técnica teve que mantê-lo aqui. Foram muitas críticas, muitas vaias, e ele com uma força de vontade insuperável. Passou por cima de tudo isso. Ele exerce uma função ótima, de um jogador polivalente. O Felipão pode usá-lo tanto na direita como na esquerda, no meio. É um jogador muito útil - disse Carlos Alberto Parreira, coordenador técnico.
Se na Copa das Confederações, quando ainda disputava vaga com Lucas, do Paris Saint-Germain, e era questionado, agora é um dos que mais despertam o interesse da imprensa nas entrevistas coletivas e zonas mistas. As vaias deram espaço ao apoio, e o seu esforço tem mostrado toda a capacidade de surpreender, como no treino da Granja Comary, em Teresópolis, na última semana. Hulk saiu em contra-ataque e deixou os titulares sem reação, marcando um gol e deixando Felipão muito bravo com a defesa. Problema atrás, solução na frente. Hulk quer gol.
- Ele está vivendo um momento muito bom, tanto que no gol que ele fez (no Panamá - anulado) bateu de três dedos com o campo prendendo a bola. Ele está com uma confiança muito grande, e tenho certeza de que vai dar muitas alegrias no mundial pra gente - garantiu Fred.
Para se ter uma ideia do esforço de Hulk a cada jogo, o "Esporte Espetacular" separou o gráfico de movimentação na semifinal da Copa das Confederações contra o Uruguai. Nele, fica provado que o jogador atua por todos os cantos do gramado. Para a comissão técnica, Hulk assume uma posição importante.
- Ele tem condição e resistência aeróbica para fazer essa movimentação. A função tática dele é daquele que tem que chegar e tem que marcar. O atleta que não tem resistência, que não corre como ele, com certeza não teria condição de fazê-la. Sobra força até para correr pelos companheiros - diz Paulo Paixão.
- Quando a gente veste a camisa da Seleção, a gente sabe que são mais de 200 milhões de torcedores torcendo por nós, apoiando, não tem como não correr por eles.