
No último fim de semana, os profissionais começaram a chegar às capitais dos estados para os quais foram designados. Segundo cronograma do Ministério da Saúde, a partir do dia 22, cada profissional segue para o município onde vai atuar. O início do trabalho está previsto para o dia 23.
Na sexta-feira, os profissionais que desembarcaram no Brasil no último final de semana de agosto fizeram o exame de português, composto por uma avaliação oral e um exercício escrito. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o teste consistiu na simulação de uma consulta, em que um professor questionou o médico sobre diversas situações e sintomas, enquanto outro avaliava o desempenho do profissional, que também teve de preencher um registro de prontuário do paciente.
A expectativa é que o resultado final do exame seja divulgado hoje pelo Ministério da Saúde, mas dados preliminares apresentados pelo MEC, responsável por organizar e aplicar o teste, indicam que mais de 90% dos 682 profissionais com diploma estrangeiro foram aprovados e estão aptos a trabalhar no país.
A nota final será formada pelo conjunto de exercícios e atividades do módulo de avaliação (40%) e o teste final (60%). Os médicos com desempenho final acima de 50% serão considerados aptos e poderão passar à próxima fase do programa; aqueles com desempenho entre 30% e 50% serão obrigados a fazer um período de recuperação para aprimorar o conhecimento do idioma; já quem obtiver desempenho abaixo de 30% será desligado do programa e terá de retornar ao país de origem.
O exame marcou o fim do período de capacitação, que ocorreu em oito capitais do país, quando além de estudarem português, os profissionais tiveram aulas sobre o sistema de saúde público brasileiro e aprenderam a identificar as doenças mais comuns no país. Conforme previsto na medida provisória que criou o Mais Médicos, em julho, os estrangeiros selecionados para atuar no programa trabalharão no Brasil por três anos.
Nesse período, terão registro profissional provisório, que lhes dará o direito de atuar exclusivamente na atenção básica e apenas nas cidades para as quais forem designados pelo Ministério da Saúde, com acompanhamento de tutores e supervisores.