
De acordo com o ele, serão gerados cerca de mil megawatts (MW) para reforçar o suprimento na região. Com isso, mesmo que ocorra um novo problema que isole o Nordeste da rede nacional de energia, as termelétricas vão garantir o suprimento local.
“É uma medida de segurança que está se adotando para o caso de ocorrer uma nova interrupção”, disse Zimmermann. A medida foi aprovada em reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), nesta quarta, em Brasília.
Os nove estados do Nordeste sofreram um apagão na semana passada, que deixou cidades da região sem luz por até 2h30. O evento teria sido causado por umaqueimada na fazenda Santa Clara na cidade de Canto do Buriti, no Piauí. Segundo o ministério das minas e energia, o blecaute provocou o desligamento de duas linhas de transmissão paralelas e totalizou um corte de carga de 10.900 megawatts.
Térmicas
Térmicas
Segundo Zimmermann, o Nordeste recebe atualmente cerca de 3,8 mil MW de energia produzida em outras regiões do país. Esse repasse vai ser reduzido para cerca de 2,7 mil MW e a diferença, de cerca de mil MW, vai ser gerada na própria região, por termelétricas.
O secretário-executivo disse que essa geração térmica no Nordeste deve ocorrer por cerca de 15 dias, enquanto a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) conclui a vistoria das linhas de transmissão da região.
Zimmermann não soube dizer o custo dessa geração térmica no Nordeste. De acordo com ele, o valor vai ser rateado entre todos os consumidores do país.
A energia produzida pelas termelétricas é mais cara do que a hidrelétrica porque as primeiras funcionam a base de combustível, como óleo, gás natural e biomassa. Normalmente, o governo aciona as usinas térmicas para poupar água das hidrelétricas, quando o reservatório delas está baixo. E essa decisão encarece a conta de luz paga pelos consumidores.