Combustível deve subir entre 4% e 5,3% nos postos - Jornal Diário do Curimataú
Combustível deve subir entre 4% e 5,3% nos postos

Combustível deve subir entre 4% e 5,3% nos postos

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Estadão
O economista Fábio Romão, da LCA Consultores, calcula que, no varejo, o reajuste levará a uma alta de 5,3% na gasolina e de 4% no diesel. No ano, o IPCA deverá subir 0,3 ponto porcentual por causa dos combustíveis. "Ainda assim, a redução no custo da energia é preponderante."

O economista e sócio da Tendências Consultoria, Juan Jensen, afirmou que o aumento da gasolina de 6,6% na refinaria será equivalente a uma elevação de 4,2% na bomba dos postos. Como o peso da gasolina no IPCA é de 3,89%, isso deve provocar um impacto total na inflação de 0,16 ponto porcentual: "Dado que o aumento vale a partir da zero hora do dia 30, o impacto será assim distribuído: 0,01 ponto porcentual em janeiro e 0,15 ponto porcentual em fevereiro", afirmou Jensen.
O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, considera o reajuste insuficiente, mas disse que alivia a empresa. Segundo ele, demonstra que a presidente da Petrobrás conseguiu convencer o governo da necessidade de aumento, mesmo com a inflação em alta. Pires avalia que o impacto do reajuste será de 0,13 ponto no índice do IPCA e de cerca de 4% na bomba.
Com atraso de sete meses desde que a Petrobrás expôs a necessidade de aumentar em 15% o preço da gasolina e do óleo diesel, o governo federal autorizou ontem a empresa a reajustar, a partir da 0h de hoje, o valor dos combustíveis nas refinarias. A gasolina aumentou 6,6%. O diesel, 5,4%. O aumento foi divulgado à noite pela petroleira, em comunicado à Comissão de Valores Mobiliário (CVM). 
A decisão de elevar o preço da gasolina e do diesel já estava tomada há duas semanas, como antecipou o Estado, e foi postergada por alguns dias a pedido do Palácio do Planalto, para não ofuscar o anúncio da presidente Dilma Rousseff sobre o corte na conta de luz, oficializado na semana passada em rede nacional de rádio e TV.

"Esse reajuste foi definido levando em consideração a política de preços da companhia, que busca alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo prazo", diz a Petrobrás no comunicado. A companhia avisou ao governo no ano passado, ao elaborar o Plano de Negócios vigente, que precisaria reajustar a gasolina e o diesel em 15% para conseguir financiar os investimentos de US$ 236,5 bilhões previstos para o período 2012-2016.