
Uma das capacidades mais interessantes do SAM é identificar compostos orgânicos. Se você estiver ligando os fatos, certamente comparou a possibilidade de anunciar algo novo nos livros de história com tais compostos, certo? Pode ser por aí.
O SAM também é capaz de
colher amostras do ar do planeta e analisar seus componentes. Os cientistas utilizam este instrumento para verificar se o laboratório da Curiosity consegue detectar alguma quantidade de gás metano no ar, composto que na Terra é produzido por várias formas de vida.
Grotzinger e sua equipe estão certos por tomarem cuidado antes de anunciar seus achados. Eles já chegaram a pensar que o instrumento SAM encontrou indícios de gás metano na amostra de ar marciano, mas sabiam que poderia ser uma amostra do ar do Cabo Canaveral, Flórida (local de onde a sonda foi lançada ao espaço), que pudesse ter viajado com ela até Marte.
A equipe removeu o máximo de ar da Flórida possível desta amostra e analisou novamente o restante, que era composto quase totalmente por ar marciano. E não encontraram absolutamente nada de metano. O gás que chegou a causar esperança nos pesquisadores e cientistas era, realmente, oriundo da Terra.
Agora, depois de algumas semanas de análises, a equipe do SAM está segura o suficiente para apresentar seus achados. E a novidade será anunciada em uma conferência da União Geofísica Americana, de 3 a 7 de dezembro. Será que eles reencontraram uma nova amostra de gás metano e, dessa vez, não oriundo de nosso planeta? Vamos aguardar para conferir - e verificar a alteração nos livros de história.
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